domingo, 17 de maio de 2009

Diário de um fescenino - Rubem Fonseca


Fazia tempo que um livro não me causava tamanho desprezo a ponto de merecer ser lido até o fim e repudiado publicamente!

Comecemos do começo: fescenino = devasso, obsceno.

Personagem raso e fútil. Homem que seduz mulheres, fazendo com que elas acreditem que ele está envolvido emocionalmente, quando na verdade está apenas buscando por mais uma distração sexual temporária. Mesmo que Rufus seja formado em Letras, seja um leitor compulsivo desde os 10 anos de idade e um escritor medíocre nada justifica sua verborragia, constante citação pedante de autores canônicos, excesso de uso de preciosismos (ex.: acepipes, não obstante, arrefecer, sexo intercrurial, álacre...) e muito menos exporádicas citações em latim perdidas pelo texto.
Por outro lado, gostei de ler algumas expressões cada vez mais raras e de forte expressividade como: esforços extenuantes, manobras ardilosas, impulsos lascivos, lânguida e arrebatar.

De repente, estou só de implicância com o livro por não gostar de como a personagem principal manipula todas as mulheres ao seu redor... mas a bagagem do leitor também influencia em como a história é lida!
Já dei minha opinião, agora confiram por vocês mesmos.

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