quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O melhor restaurante de Brasília: La Benedicta


Sabe aqueles dias em que você não quer cozinhar? Sabe aqueles dias que você simplesmente não quer cozinhar porque já está quente e a simples ideia de ligar uma trempe de fogão já faz com que o seu "apertamento" fique sufocante?
Pois é, o F chegou em casa com aquela cara de que tinha tido um dia "amostra grátis do inferno", louco para jogar a roupa pelo meio do caminho mesmo, colocar um belo par de havaianas e não fazer nada com uma lata de Heineken e o controle do videogame nas mãos. Bem, eu estava com fome e sem a mínima vontade de morrer sufocada. "Coloca uma sandália e vamos comer qualquer coisa na rua?". Sem achar esta a ideia mais motivante da face da Terra ele concordou.
Dentro do carro veio aquela pergunta: "Aonde você quer ir?". Resposta: "Surpreenda-me!". Putz, ele tava tão esgotado que nem esforço mental era possível... Tava pensando em algo rápido, mas ao mesmo tempo lembrei de um restaurante perto de casa que nos foi recomendado meses atrás (valeu Estefânio!).
O La Benedicta é surpreendente já pela sua localização, ao lado do Parque Olhos d'Água. Nesta região há abundância de opções gastronômicas, mas nada que se compare a sofisticação deste bistrô.
Fomos recebidos pelos donos, Ana Stellato e Wagner Divério. O espaço é bastante amplo e ao mesmo tempo aconchegante. A decoração é inusitadamente divertida: cada cadeira é de um modelo harmonicamente diferente e também são combinadas com sofás (sim estes assentos são devidamente acompanhados de mesas para refeições) e nas mesas já postas, os copos/taças seguem o mesmo estilo lúdico (coloridas e de modelos variados).
O cardápio é um pouco desnorteador pela quantidade de opções tentadoras. Siga as sugestões da chef, nós não nos arrependemos mesmo! Nosso cardápio: um vinho chileno (que não consigo lembrar o nome , porém formidável do começo ao fim da refeição), Pão dos deuses (uma bruschetta divina, grande, banhada em azeite de oliva com alho assado), Fuscão preto (risoto de grão negro e linguiças artesanais, com um pedaço enorme de parmesão gratinado - não gosto muito de linguiça, mas esta combinação... hummm!) e creme brule de maracujá vermelho (o aroma desta sobremesa é indescritível!). E como se tudo isso não bastasse, depois do café (blend cremoso de cafés mineiros), com a conta ainda foi servido chocolate belga flavorizado com laranja, reduzido com champagne e com sementes de papoula (Ana me desculpa se a descrição não está na sequência correta!).
Esta foi a melhor experiência de turismo gastronômico do ano em todos os quesitos imagináveis: ambiente perfeitamente sofisticado sem afetação (nós fomos com a primeira roupa que vimos pela frente e isso não fez a menor diferença), atendimento acolhedor dando a sensação que éramos convidados na casa deles (os donos pediram milhares de desculpas por estarem sem garçons nesta noite então eles mesmo estavam atendendo as mesas, o que para nós foi o máximo, desta forma tivemos a oportunidade de conversar e conhecê-los um pouquinho), além do atendimento acolhedor, algo que fez toda a diferença, foi a chef ter convidado o auxiliar dela, o William, para nos apresentar (como é bom quando bons profissionais sabem dividir os louros!), cardápio irresistível (com certeza teremos que voltar outras vezes), e a conta foi absurdamente justa com a qualidade oferecida!
O único risco é vocês quererem passar a frequentá-lo diariamente!

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