terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Julie & Julia







O enredo é bastante simples: uma mulher, chamada Julie, nos anos 2000 tem um trabalho burocrático e deprimente (tele-atendente que recebe reclamações de parentes de vítimas das Torres Gêmeas), como ela anda bem desanimada o marido sugere que ela crie uma meta e surge a ideia de escrever um blog sobre o passatempo favorito dela: culinária, (ela cozinha quando chega em casa para relaxar). Muito bem, muito bom... como fazer um recorte dentro deste tema enorme?
Bem, Julie escolheu recriar todas as receitas do livro escrito pela Julia Child (uma culinarista americana que tinha um programa de tv nos mesmos moldes da Maravilhosa Cozinha da Ofélia).
A Julia morou na França com o marido (que era diplomata), pela primeira vez, lá pelos meados dos anos 40. Como "esposa" (e dondoca) não é profissão e muito menos passatempo para ninguém, ela decidiu fazer uns cursos para ocupar seu tempo livre (era só o que ela tinha!). Nada realmente a completava até que um dia o marido sugeriu que ela fizesse um curso de culinária por ela gostar muito de comer! Pois é, a mulher sabia realmente apreciar os sabores de um bom prato, mas mal sabia picar cebolas e encarou o Le Cordon Bleu.

Este filme com (a sempre maravilhosa) Merryl Strip me remeteu a vários outros filmes e situações:

( 5) Quando era criança minha mãe sempre ia à feira nos sábados de manhã. Ao mesmo tempo que ficava fascinada por ela conhecer a maior parte dos feirantes me sentia constrangida de ver ela pechinchar. Muitos anos depois é que descobri a graça da arte de negociar os preços, não é o valor em si, mas o poder de persuasão! :) Ir à feira é um hábito que incorporei a partir do momento que realmente assumi as rédeas da minha vida (e sofri tanto aqui em Brasília até descobrir que feira aqui só no CEASA! Não vivo sem!).

(3 - 4) Amo de paixão o modo Amélie Poulain de viver, especialmente duas cenas do filme, uma em que ela devora framboesas que encaixou na ponta dos dedinhos e quando descreve a sensação relaxante de mergulhar as mãos em um saco de grãos! :)

(1 - 2) A primeira animação que o F me convenceu a assistir com ele (até então, eu achava que toda animação era filme para criança, tolinha!) foi Ratatouille. Aquele ratinho se sentia frustrado por seus pares só saberem devorar a comida sem primeiro se deixarem envolver pelos aromas, texturas, combinções e muito menos pelos sabores. E não é que este ano em um passeio em Gramado-RS eu tirei uma "foto-símbolo" lambendo uma colher gigante de uma das personagens em tamanho gigante??? Me senti igualzinha uma criança! :)

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