quarta-feira, 18 de junho de 2008

Rosa - Marisa Monte


Tu és divina e graciosa, estátua majestosa

Do amor, por Deus esculturada

E formada com ardor

Da alma da mais linda flor de mais ativo olor

Que na vida é preferida pelo beija-flor

Se Deus me fora tão clemente aqui neste ambiente

De luz, formada numa tela deslumbrante e bela

Teu coração, junto ao meu lanceado

Pregado e crucificado sobre a rósea cruz do arfante peito teu


Tu és a forma ideal, estátua magistral

Oh alma perenal do meu primeiro amor, sublime amor

Tu és de Deus a soberana flor

Tu és de Deus a criação

Que em todo coração sepultas um amor

O riso, a fé, a dor em sândalos olentes cheios de sabor

Em vozes tão dolentes como um sonho em flor

És láctea estrela, és mãe da realeza

És tudo enfim que tem de belo

Em todo resplendor da santa natureza


Perdão se ouso confessar-te, eu hei de sempre amar-te

Oh flor, meu peito não resiste

Oh meu Deus, o quanto é triste

A incerteza de um amor que mais me faz penar em esperar

Em conduzir-te um dia ao pé do altar

Jurar aos pés do Onipotente em preces comoventes

De dor, e receber a unção da tua gratidão

Depois de remir meus desejos em nuvens de beijos

Hei de envolver-te até meu padecer de todo fenecer

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