domingo, 31 de maio de 2009

Surpresas no supermercado



Adoro passear em supermercado!
Geralmente tenho uma lista das coisas que quero ou preciso, mas gosto muito de olhar produtos e embalagens novas. Os pontos altos da minha lista hoje eram alface americana e água tônica. Quando estava quase saindo da loja uma bebida cor de rosa bebê chamou minha atenção. E no rótulo estava grafado isotônico (grande coisa! humpf!), mas ao lado o sabor gritava para mim: LICHIA!!!
Bahhh desde que descobri o sabor irresistível dessa frutinha nesse verão meu mundo mudou, não vejo a hora de ser época de lichia novamente.
A embalagem é daquela de isotônico com bico tipo mamadeira, o líquido é rosa bebê (definitivamente parece perfume ou produto de limpeza), mas o sabor quase fez com que matasse minha saudade de lichia!

sábado, 30 de maio de 2009

Pitaya/Pitahaya/Thanh Long/Huo Lóng Guo/Dragon Fruit






Delícias exóticas são uma necessidade em minha vida!

A primeira vez que fui no CEASA aqui de Brasília meu grande objetivo era comprar Figo da Índia (um tipo de fruta de cáctus), infelizmente minhas expectativas foram frustradas.
Semanas mais tarde vi uma fruta linda, enorme, de um rosa vibrante e com "folhinhas" verdes que a faziam lembrar muito uma rosa gigantesca. Acontece que a Pitaia também uma fruta de cáctus!
Como cactáceas precisam de pouca água suas frutas são doces. Tanto a Pitaia como o Figo da Índia são cheios de sementes e são ótimos para o sistema digestivo. A Pitaia é muito saborosa (recomendo comê-la fresca, mas não gelada) conheço as variedades de polpa branca e "vermelha" (na verdade um rosa fúcsia), a polpa escura é mais doce - a aparência externa é igual, ambas são rosadas.
Pitaia é uma das frutas pela qual literalmente BABO!!!

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Eis que de dentro de uma caixa...



Eis que de dentro de uma caixa sobre o armário aéreo da cozinha surge uma gata!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Pães especiais


Conheço uma criança que tem várias alergias e, dentre elas, várias alimentares. O caso é tão complexo que o menino não pode injerir: leite, soja,,cacau, açúcar, ovos, carne vermelha e derivados destes produtos - além de outras restrições.

Em várias cidades do país há uma rede de padarias, Pão & Companhia, que é famosa (já foi indicada na Vejinha mais de uma vez) por seus produtos sem aditivos. Dia desses entramos para verificar se por acaso eles tinham algum produto que fosse compatível com a dieta limitada que tínhamos em mente. Surpresa! Eles não só tinham, como tinham mais de um tipo de pão que encaixava nas especificações.

Fica aí a dica para quem tiver intolerância a lactose, não puder comer glúten e outras restrições do gênero.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Como usar a caixinha sanitária - dicas de uma gata


Pois é, hoje temos participação especial da Mitsy que está tri afim de pilotar esse teclado e dar uma dicas para felinos que acabaram de adotar um humano!

Um ponto muito importante na vida de um felino doméstico que vive cerrado dentro de uma residência compartilhada com humanos é a caixa sanitária. O melhor momento para usá-la obviamente é logo após ela ter sido limpa.

Preparar, apontar, miar! Você percebeu que seu humano está se aproximando da porta de casa? Comece imediatamente desfiar o rosário das reclamações e se fazer de coitadinho: me sinto rejeitada, fiquei o dia inteiro sozinha, ninguém me ama, ninguém me quer, não tenho companhia (outros gatos não contam!), não tem brinquedo nessa casa pra mim (aquelas 20 bolinhas não interagem comigo, se as coisas não vem até minha magnânima presença não têm graça!), além disso tive quase certeza que queriam me matar de fome (minha comida ficou no prato por horas perdendo o cheiro e ninguém trocou!) e o mais grave de tudo meu banheirinho está sujo!!!! Pode adicionar outras reclamações, mas não esqueça de ser beeeem enfático!

Ele vai te pegar no colo, fazer festinha (não pare de miar!), trocar a água, a ração e FINALMENTE limpar tua caixinha. Tolinho, vai ficar te olhando com ansiedade evidente esperando que você use aquele lugar íntimo imediatamente, assim na frente dele. Que audácia! Parece que nunca ouviram falar em privacidade!!!

Você ser superior, bem se vocês não são superiores não são legítimos representantes dos felinos , finjam indiferença, MAS assim que seu humano der as costas corra pra lá e se refestele! Ok, segundo momento para miar ainda com mais força: minha caixa está suja DE NOVO, LIMPE!!!! Alguns humanos não entendem essa necessidade básica de limpeza, por acaso eles não dão descarga depois de usar a "caixa com água" deles?

Quando seu humano finalmente (eles são seres de raciocínio lerdo, há de ser tolerante com essas formas de vida menos desenvolvidas!) limpar novamente sua caixinha sinta-se finalmente liberado para fazer um perfumado número dois, e é claro que você não vai querer que sua amada casa fique empesteada então faça valer seus direitos novamente e não deixe seu humano se fazer de desentendido em relação a limpeza!!!!

PS.: Para aqueles que não entenderam outros gatos não valem como companhia pelo fato de também não serem capazes de trocar sua água, nem colocar uma porção fresca de ração e muito menos de limpar o banheirinho!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Gato por lebre - Márcio Cotrim

Os felinos andam desaparecidos daqui do blog já faz muito tempo... e quando me deparei com este texto achei irresistível, tinha que aparecer aqui também! Divirtam-se!

Comer gato por lebre é ser enganado. Já "vender gato por lebre" é enganar alguém, e com dolo. Em ambos os casos, há ludíbrio. O sujeito é vítima ou vigarista.

Historicamente, tem sido notório o gradual convívio de cães e gatos como companheiros do ser humano. Em Portugal, inclusive, é conhecido o ditado "casa sem gato nem cão, casa de velhaco ou ladrão".

Uma lei do século 13 fixava o preço da pele do gato, além das peles de vitela, cordeiro, cabrito, raposa, lontra, marta e outros bichos. Era barata, um terço da de raposa, sem falar nas peles de luxo como a de lontra ou de marta, o que demonstra que o gato ainda não era considerado totalmente doméstico - servia para ser comido e para dar pele ao homem.


Em termos culinários, houve tempo em que a tenra e delicada carne do gato, depois de receber temperos com que absorvia melhor os condimentos, tornava praticamente imperceptível a diferença entre ela e a de lebre.


Aliás, durante cercos militares a grandes cidades - como no de Paris em 1871 -, o gato foi considerado pitéu refinado, ninguém se lembrava de lebre no cardápio.


Seja como for, nestes tempos de tantos enganos e desenganos, muita gente continua entrando pelo cano por causa de espertalhões que nem sabem o que é lebre, muito menos imaginaram comer carne de gato, mas conhecem perfeitamente a arte da embromação...


Márcio Cotrim é autor, dentre outras obras, dos livros O Pulo do Gato I e II (Geração Editorial).
marcio.cotrim@correioweb.com.br www.marciocotrim.com.br

domingo, 24 de maio de 2009

Velas decorativas e funcionais




Velas são objetos charmosos.
Elas são perfeitas para banheiros, além de ocuparem pouco espaço podem ser muito práticas acesas para eliminar gases (nada romântico!)
.
Por favor, não coloquem uma caixa de fósforos para acendê-las. Prefiram ter junto com as velas um discreto mini isqueiro.

Ahhh, vou falar de um objeto do desejo: velas L'Occitane, são caras, mas valem cada centavo!

sábado, 23 de maio de 2009

Corrida dos Amigos


Depois da corrida fui buscar a folha com os tempos individuais e a listagem de colocação. Mais uma vez Fernando em primeiro lugar. A minha grande surpresa foi que dessa vez o cartódromo deu um troféu pra o corredor mais rápido... estou com a impressão que precisaremos arrumar espaço para um série de troféus que ainda estão por vir... :D

Árvore de aranhas




Indo em direção ao carro vi algo em uma árvore baixa que chamou muito minha atenção, aquele ninho de passarinho na verdade era um grande ninho de aranha, tão enorme que merecia uma fotografia (maior que uma mão fechada). Havia tantas folhas mascadas dentro do ninho que fiquei me perguntando: há aranhas vegetarianas?
Em seguida vi mais um ninho, e outro, e mais outro. A árvore estava infestada de ninhos, depois da terceira fotografia (e de contar mais de 15 ninhos) achei melhor me afastar rapidinho, vai que a dona ou donas resolvessem aparecer!?

Fruta Bola???


Que fruta é essa que mais parece uma bola de futebol pelo tamanho? Ahhh eu queria ser só um pouquinho mais car de pau para ter tido a ousadia de ter tocado a campainha dessa casa e ter perguntado... Entendidos em botânica de plantão me dêem uma ajudinha!!!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Um livro puxa outro


Desde que conversei com o Marquinhos decidi presenteá-lo com "Amor nos Tempos do Cólera" - ele mostrou especial curiosidade pelo García Márquez, e essa foi a obra dele que mais gostei.

Sempre houve um sebo (loja de livros usados) perto dos lugares onde morei (durante a faculdade era frequentadora assídua). O grande problema de sebos é sempre há mais um tomo gritando: "Me leeeeeva!" (em tom clemente), "Como você pode viver sem mim?!"(fazendo cara de coitadinho!), "Vais reistir a curiosidade de conhecer minha(s) história(s)???"(com olhar sedutor!), e por aí seguem os apelos.

Aqui em Brasília minha sina me acompanhou e menos de cinco minutos daqui há um desses templos do desejo... O Sebinho além de ser a uma "página"de casa, é limpo, amplo, arejado e bem organizado. Felizmente logo que cheguei encontrei "O Amor nos Tempos do Cólera" se exibindo maliciosamente com sua capa azul inconfundível. Ok. Estou salva! Já achei o que queria e vou embora... Ledo engano!

Meus olhos me traíram e começaram a passear pelas lombadas adjacentes, nada irresistível... ATÉ QUE dei de cara com a coleção completa da Rosamunde Pilcher! "O Catadores do Conchas" foi um livro que realmente mudou minha visão sobre a velhice (li durante a adolescência), até então eu era mais uma entre os incautos que crêem que a partir de uma certa idade todos são bonzinhos e que nunca foram jovens e tiveram sonhos e aventuras...Esse eu recomendo mesmo! (Ahhh, muitos anos depois caiu em minhas mãos outro livro dela "Setembro" o enredo era interessante, mas o mais marcante para mim foi a falta de cuidado apresentado pelo tradutor e editores daquela versão, dava claramente para "ver" o texto original em inglês através daquelas , literalmente, mal traçadas linhas.)

Logo ao lado dessa coleção me deparei com "Dewey - Um gato entre livros" (uma obra falando em gatos e livros!!!!), claro que com aquela capa fofa imediatamente pulou no meu braço, se aninhou e veio comigo até em casa! Como tinha encontrado Rosamunde Pilcher em português não resisti e fui dar só uma espiadinha nas prateleiras de literatura em língua inglesa para ver se encontrava algum texto original, sabe como é... não custa nada... vai que... (Desculpas esfarrapadas de alguém que está louco para cair em tentação!!).

Claro que no caminho outra prateleira hipnotizou-me, e lá no cantinho de maneira discreta, quase se escondendo havia uma versão encadernada do "Dom Quixote". Para minha enorme surpresa o exemplar azul amarelado do García Márquez era mais caro do que a versão novinha em capa dura vermelha (amo vermelho!) com letras douradas do Cervantes. Sinto muito, mas o colombiano foi preterido! (Outros clássicos exibidos se atiravam de maneira escandalosa sobre mim, mas fui forte, resisti e segui olhando para o chão em direção aos livros em inglês.)

Não encontrei a inglesa no original (ainda bem), mas havia vários volumes do John Grisham!!!! Em suma: fui atrás de um amor que levou décadas para virar carnal e saí com um cavaleiro delirante, um gato e um advogado!

PS.: Lembro que nas aulas de economia doméstica (meu colégio de primeiro grau era muito tradicional) de que não deveríamos ir ao mercado sem uma lista objetiva, com fome e/ou acompanhadas de crianças. E no sebo? Ok, levamos a lista e uma viseira???

quarta-feira, 20 de maio de 2009

O fantástico mundo dos livros


Depois do almoço estava na sala de aula organizando minhas ideias com material didático, revista e livro de leitura (ainda quero discutir esse tal conceito de "literatura") espalhados sobre a mesa. O Marquinhos, que trabalha na limpeza, entrou para ver se eu precisava de alguma coisa e logo o livro do García Márquez chamou a atenção dele.

- Oh Francisca, esse autor é bom mesmo? Já ouvi falar muito dele, inclusive ele tem uns livros que parecem uns tijolos, né?

E seguiu me contanto o quanto gostava de ler e inclusive que tem um prazer especial lendo poesia.
(Admiro do fundo do coração gente que realmente gosta de poesia. Passei anos tentando me convencer que esse era um tipo de texto que me tocava fundo e tals. Quando se faz Letras a gente fica com estigma de ser profundo conhecedor de gramática e literatura. Pois é, mas aos 32 anos chegou a hora de ser honesta comigo mesma: poesia não é minha praia.)

Perguntei se ele costumava frequentar bibliotecas, e a resposta que obtive justifica a "evasão das bibliotecas". Da última vez que ele retirou um livro acabou atrasando a devolução, daí adiou um pouco mais, tava sem dinheiro e depois acabou com tanta vergonha que nunca mais voltou!

Comentei com ele das Paradas Culturais (as bibliotecas organizadas em paradas de ônibus aqui em Brasília pelo Açougue T-Bone, já escrevi sobre isso). Com ar de criança fascinada ele falou das inúmeras preciosidades que já encontrou enquanto aguardava pelo coletivo (mas mesmo assim fica um pouco contramão porque não há livros espalhados por toda a cidade). O mais incrível foi o deslumbramento dele ao descobrir que o tal açougue que organiza essa biblioteca ao ar livre é um açougue de verdade onde se vende carne mesmo. Pelo jeito fazia muito tempo que ele andava curioso para saber quem organizava tal deleite para os amantes dos livros e ficou ainda mais impressionado ao descobrir que a maior parte do acervo vinha de doações de pessoas físicas anônimas!

Com essa conversa me senti verdadeiramente uma professora: uma pessoa que ajuda outra a alcançar entendimento do desconhecido!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Declarar Amor

Recebi por email e achei que valia a pena compartilhar.Especialmente para Leila e Letícia minhas irmãzinhas aniversariantes. :)


"O amor é a força mais abstrata, e também a mais potente, que há no mundo."

Mahatma Gandhi


Declarar Amor

Demonstrar o amor é uma forma de deixar a vida transbordar dentro do próprio coração.

A maioria das pessoas estabelece datas especiais para manifestar o seu amor pelo outro: é o dia do aniversário, o natal, o aniversário de casamento, o dia dos namorados.

Para elas, expressar amor é como usar talheres de prata: é bonito, sofisticado, mas somente em ocasiões muito especiais.

E alguns não dizem nunca o que sentem ao outro. Acreditam que o outro sabe que é amado e pronto. Não é preciso dizer.

Conta um médico que uma cliente sua, esposa de um homem avesso a externar os seus sentimentos, foi acometida de uma supuração de apêndice e foi levada às pressas para o hospital.

Operada de emergência, necessitou receber várias transfusões de sangue sem nenhum resultado satisfatório para o restabelecimento de sua saúde.

O médico, um tanto preocupado, a fim de sugestiona-la, lhe disse: pensei que a senhora quisesse ficar curada o mais rápido possível para voltar para o seu lar e o seu marido.

Ela respondeu, sem nenhum entusiasmo:

- O meu marido não precisa de mim. Aliás, ele não necessita de ninguém. Sempre diz isto.

Naquela noite, o médico falou para o esposo que a sua mulher não queria ficar curada. Que ela estava sofrendo de profunda carência afetiva que estava comprometendo a sua cura.

A resposta do marido foi curta, mas precisa:

- Ela tem de ficar boa.

Finalmente, como último recurso para a obtenção do restabelecimento da paciente, o médico optou por realizar uma transfusão de sangue direta. O doador foi o próprio marido, pois ele possuía o tipo de sangue adequado para ela.

Deitado ao lado dela, enquanto o sangue fluía dele para as veias da sua esposa, aconteceu algo imprevisível.

O marido, traduzindo na voz uma verdadeira afeição, disse para a esposa:

- Querida, eu vou fazer você ficar boa.

- Por que? Perguntou ela, sem nem mesmo abrir os olhos.

- Porque você representa muito para mim.

Houve uma pausa. O pulso dela bateu mais depressa. Seus olhos se abriram e ela voltou lentamente a cabeça para ele.

- Você nunca me disse isso.

- Estou dizendo agora.

Mais tarde, com surpresa, o marido ouviu a opinião do médico sobre a causa principal da cura da sua esposa.

Não foi a transfusão em si mesma, mas o que acompanhou a doação do sangue que fez com que ela se restabelecesse. As palavras de carinho fizeram a diferença entre a morte e a vida.

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É importante saber dizer: amo você! O gesto carinhoso, a palavra gentil autêntica, a demonstração afetiva num abraço, numa delicada carícia funcionam como estímulos para o estreitamento dos laços indestrutíveis do amor.

É urgente que, no relacionamento humano, se quebre a cortina do silêncio entre as criaturas e se fale a respeito dos sentimentos mútuos, sem vergonha e sem medo.

A pessoa cuja presença é uma declaração de amor consegue criar um ambiente especial para si e para os que privam da sua convivência.

Quem diz ao outro: eu amo você, expressa a sua própria capacidade de amar, mas também, afirmando que o outro é amado, se faz amar e cria amor ao seu redor.

Equipe de Redação do Momento Espírita, a partir do cap. "Ecologia Doméstica", da obra Pais e Filhos – Companheiros de Viagem, de autoria de Roberto Shinyashiki, ed. Gente, e do texto "A Convivência Humana", de José Ferraz, extraído da revista Presença Espírita, nº 227, de novembro/dezembro 2001.

domingo, 17 de maio de 2009

Diário de um fescenino - Rubem Fonseca


Fazia tempo que um livro não me causava tamanho desprezo a ponto de merecer ser lido até o fim e repudiado publicamente!

Comecemos do começo: fescenino = devasso, obsceno.

Personagem raso e fútil. Homem que seduz mulheres, fazendo com que elas acreditem que ele está envolvido emocionalmente, quando na verdade está apenas buscando por mais uma distração sexual temporária. Mesmo que Rufus seja formado em Letras, seja um leitor compulsivo desde os 10 anos de idade e um escritor medíocre nada justifica sua verborragia, constante citação pedante de autores canônicos, excesso de uso de preciosismos (ex.: acepipes, não obstante, arrefecer, sexo intercrurial, álacre...) e muito menos exporádicas citações em latim perdidas pelo texto.
Por outro lado, gostei de ler algumas expressões cada vez mais raras e de forte expressividade como: esforços extenuantes, manobras ardilosas, impulsos lascivos, lânguida e arrebatar.

De repente, estou só de implicância com o livro por não gostar de como a personagem principal manipula todas as mulheres ao seu redor... mas a bagagem do leitor também influencia em como a história é lida!
Já dei minha opinião, agora confiram por vocês mesmos.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Memórias de minhas putas tristes - Gabriel García Márquez


Gostei muito de partes "secundárias" do texto (Principalmente as referências ao gato!), o assunto do título em si foi a parte menos interessante para mim.

Um gato entra em sua vida. Até pessoas pouco afeitas aos bichanos não conseguem resistir aos seus encantos.
"Acho contra a natureza que um homem se entenda melhor com seu cão do que com sua esposa, que o ensine a comer e a descomer na hora certa, a responder perguntas e a compartilhar suas pernas. mas não recolher o gato dos tipógrafos seria uma indelicadeza. Além do mais, era um precioso exemplar de angorá, de pele rosada e lustrosa e olhos iluminados, cujos miados pareciam a ponto de ser palavras. me deram numa canastra de vime com certificado de sua estirpe e um manual de uso como o que vem com as bicicletas para armar."

O gato veio com manual! (Ninguém deu o manual para o gato saber como esperavam que ele se comportasse!)
"Eu tinha me dedicado a estudá-lo como estudei latim. O manual dizia que os gatos cavucam a terra para esconder seu esterco, e que nas casas sem quintal, como esta, fariam isso nos vasos de plantas ou em qualquer outro esconderijo. O apropriado seria preparar para ele desde o primeiro dia uma caixa com areia para orientar seu hábito, e foi o que fiz. Também dizia que a primeira coisa que fazem numa nova casa é marcar seu território urinando por todos os lados, e aquele talvez fosse o caso, mas o manual não dizia como remediar. Eu seguia suas artimanhas para me familiarizar com seu hábitos originais, mas não dei com seus esconderijos secretos, seus lugares de repouso, as causas de humores volúveis. Quis ensiná-lo a comer na hora certa, a usar a caixinha de areia do terraço, a não subir na minha cama enquanto eu dormia nem a fuçar nos alimentos na mesa, e não consegui fazer com que entendesse que a casa era dele por direito adquirido e não como um butim de guerra. Acabei deixando que fizesse o que bem entendesse."

O gato está velho.

"Senti-me inerme entre dois fogos: não havia aprendido a gostar do gato, mas tampouco tinha coração para ordenar que o matassem só porque estava velho. Em que parte o manual dizia isso? "

Percepção da velhice.

"A verdade é que as primeiras mudanças são tão lentas que mal se notam, e a gente continua se vendo por dentro como sempre foi, mas de fora os outros reparam."

O censor.
"Ficava por lá até assegurar-se de que não houvesse letra impune na edição da manhã. Tinha uma aversão pessoal contra mim, por minha veleidadesde gramático, ou porque utilizava palavras italianas sem aspase sem grifar quando me pareciam mais expressivas que em castelhano, como deveria ser de uso legítimo entre línguas siamesas. Depois de aturá-lo por quatro anos , tínhamos terminado por aceitá-lo como a má consciência de nós mesmos."

Minha pergunta é: um livro com um título desses se não fosse escrito por um escritor já consagrado seria realmente respeitado? - Eu sei, eu sei, ando bastante moralista ultimamente!


A frase de abertura do livro já me causou estranheza: "No ano de meus noventa anos quis me dar de presente uma noite de amor louco com uma adolescente virgem." - Velho tarado e pedófilo!? Além disso, nunca entendi esse prazer, essa falsa sensação de poder em tirar a virgindade de uma menina... enfim, vale a pena ler, pelo menos ele tem um gato fofo!!!! :)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Quando a ignorância é mais fértil do que parece


Em uma aula de inglês o assunto era materiais e uma aluna "brilhante" diz: no Brasil cotton (algodão) pintado vira silk (seda). Ninguém na sala entendeu nadica de nada... A moçoila se referia a silk screen! E não se convenceu quando a professora explicou que silk screen é só o nome da técnica de impressão!!!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Carro clássico

Nunca dei a menor bola para carros, mas há como ficar indiferente a um carro desses que mais parece de brinquedo?